Título Original: The Helmet
of Horror
Ano
de Edição: 2010
Género:
Mistério, Mitologia
Autor:
Victor Pelevin
Ouvi
falar de Victor Pelevin há uns meses atrás. Aparentemente seria um escritor
revelação que estava a causar um burburinho no mundo literário. Por isso mesmo,
mal tive oportunidade de comprar uma obra sua não hesitei!
Sinopse
“Quando
a mítica Adiana ajudou Teseu a escapar do labirinto do Minotauro utilizando uma
meada de linha, estabeleceu um precedente para as desnorteadas vítimas de um
Minotauro do século XXI. Nesta reinvenção radical daquela velha história, o
labirinto volta a existir na confusão sem fim da Internet. O único sinal para
atravessar a alienada paisagem são as linhas que deixam rastos a partir de
salas de chat onde estranhos estão sentados sozinhos, presos em frente dos seus
monitores, utilizando estranhos nicknames e comandados pelo Elmo do Horror, o
Minotauro em pessoa. Victor Pelevin criou um mundo hipnótico onde a informação
é abundante, mas o conhecimento é, em última análise, inatingível. Nesta era
cibernética, será a tecnologia mais do que um mito?”
Esta
foi das leituras mais desafiantes deste ano!
A ideia é super original:
apresentar uma narrativa sob a forma de uma conversa de chat. Confesso que,
inicialmente, tive algumas dificuldades para me ambientar a este tipo de
história mas mal entrei no “ritmo” a leitura tornou-se bastante fluida.
O
principal desafio residiu nos conceitos apresentados pelo autor: várias teorias
são descritas, com vários pormenores e detalhes que importam para que a
história seja compreendida na sua totalidade. O factor mistério é chave neste
livro pois uma leitura tão desafiante só poderia manter os seus leitores até ao
fim se tiver por detrás um grande mistério, o que é o caso deste livro. Aqui o leitor pergunta-se constantemente: mas afinal onde é que eles estão? como é que foram lá parar? como podem escapar?
Contudo,
o ponto-chave de “O Elmo do Horror”, a meu ver, é o seu final. Somos apanhados
completamente de surpresa e o autor apresenta uma conclusão fenomenal. Não pude
deixar de sentir-me estupefacta com a imaginação de Victor Pelevin!
Assim,
aconselho este livro a quem gostar de desafios (a obra está a mil anos luz de
ser uma leitura simples e rápida), aos fãs de mitologia e a quem gosta de
experimentar obras originais.
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